Com o advento da Revolução Industrial, a produção artesanal foi substituída por processos mecanizados, resultando em um aumento significativo na demanda por produtos. Essa transformação alterou profundamente os métodos de trabalho e produção. O novo sistema produtivo passou a requerer mão de obra não qualificada para tarefas pesadas, frequentemente ofertadas à população economicamente desfavorecida. A crescente demanda por empregos nas fábricas levou muitos trabalhadores a enfrentarem jornadas extenuantes, sem treinamento adequado ou supervisão, com foco exclusivo na produção em massa e no enriquecimento dos empregadores. Esse modelo resultou em problemas sérios, como o adoecimento e afastamento dos trabalhadores, afetando negativamente tanto a eficiência da produção quanto a qualidade de vida dos envolvidos.
A ergonomia nos locais de trabalho tornou-se uma prioridade para as empresas, uma vez que a sua ausência foi identificada como uma das principais causas do absenteísmo, gerando custos significativos. Além disso, negligenciar a ergonomia contribui para a redução da qualidade de vida dos colaboradores, refletindo em efeitos psicológicos e sociais adversos.
Conforme a IEA (Associação Internacional de Ergonomia), essa disciplina científica foca na compreensão das interações entre trabalhadores e sistemas de produção. A ergonomia beneficia os trabalhadores por meio do planejamento, projeto e avaliação de postos de trabalho e atividades, visando alinhá-los com habilidades, necessidades e características dos empregados. Considerada uma das principais áreas da Saúde Ocupacional, a ergonomia tem ganhado destaque nos últimos anos. Sua aplicação prática não só melhora a produtividade, mas também aprimora a saúde dos trabalhadores.
Ao aplicar a ergonomia, conseguimos uma melhor interação entre trabalho e trabalhador, identificando a necessidade de ajustes para alcançar ou restabelecer o equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Isso ajuda a eliminar vícios posturais que podem ser imperceptíveis para o trabalhador, mas que se manifestam com efeitos negativos na postura corporal e na saúde geral.
ATIVIDADE REAL
O trabalho, para muitos estudiosos, funciona como uma força de socialização humana, muitas vezes, representando aprendizado e contato contínuo entre as pessoas. Seu significado é dialético, podendo propiciar criatividade, imaginação e progresso para alguns, e sofrimento, insatisfação e doença para outros.
O conceito de ergonomia é abordado para ressaltar sua importância na conservação da saúde do trabalhador e pela necessidade de um estudo multidisciplinar. O procedimento ergonômico é orientado pela perspectiva de transformação da realidade, com os resultados obtidos dependendo da necessidade de mudanças. A inclusão da ergonomia nas fases iniciais de projetos é frequentemente dificultada pela falta de registros sobre o trabalho real dos trabalhadores.
A ergonomia é essencial para mitigar os impactos adversos no corpo e na mente dos trabalhadores, promovendo, não apenas eficiência produtiva, mas também melhorias significativas na qualidade de vida. Sendo incorporada desde as fases iniciais de projetos, é possível criar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos, contribuindo para o equilíbrio entre a atividade laboral e o bem-estar dos profissionais. Este artigo analisa os benefícios da ergonomia para os trabalhadores, visando melhorar sua qualidade de vida e prevenir potenciais danos à saúde.
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